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EMERJ e PJERJ inauguram coleção bibliográfica e exposição sobre o desembargador Jorge Fernando Loretti

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Nesta quinta-feira (29), a Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) e o Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (PJERJ), com apoio da Biblioteca TJERJ/EMERJ Desembargador José Carlos Barbosa Moreira, inauguraram a coleção bibliográfica “Desembargador Jorge Fernando Loretti” na abertura da exposição “100 anos Loretti: o homem dos Três Poderes”.

O evento, em comemoração ao centenário de nascimento do jurista, também celebrou a formalização da redesignação da Biblioteca Regional de Niterói TJERJ/EMERJ, agora nomeada Biblioteca Desembargador Jorge Fernando Loretti, no Museu da Justiça de Niterói (Antigo Palácio da Justiça Fluminense), na Praça da República, s/nº, Centro, Niterói-RJ.

O acervo do magistrado, presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) no biênio 1991-1992, foi doado ao PJERJ pela família.

“Primeiramente, agradeço à família Loretti pela doação do acervo de livros que possuíam. Quem conheceu o desembargador Loretti sabe do valor dessa biblioteca. Era um homem extremamente culto. A família, ao fazer a doação, fez com que a nossa biblioteca, a Biblioteca da EMERJ — uma das nossas bibliotecas, pois temos também a do Rio e a de Niterói — se tornasse ainda mais significativa. Tenho certeza de que esse acervo será amplamente utilizado para consultas e trabalhos por nossos estudantes, advogados e pela sociedade de modo geral. Recebam o agradecimento do Tribunal de Justiça e do Poder Judiciário. Estou falando em nome de todos os juristas e de todos que aqui estão presentes”, afirmou o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo.

O presidente do TJRJ finalizou: “Quando ingressei na magistratura, em 1988, o desembargador Loretti assumiu logo depois a presidência do Tribunal, e tive a oportunidade de conviver relativamente próximo a ele, até pela amizade que existia entre nossas famílias. Meu pai, desembargador Estenio Cantarino Cardozo, era próximo do desembargador Loretti e falava muito sobre ele, um homem associativo que também foi presidente da Associação dos Magistrados. Lembro-me de que isso me espantou um pouco, porque não é comum que presidentes se tornem presidentes de associações de classe, mas ele foi um excelente presidente tanto do Tribunal quanto representante da classe. Era um homem que acreditava no que fazia, um homem meigo, com humor fino e refinado e com uma memória espantosa. Além disso, o acervo de livros do desembargador Jorge Fernando Loretti não se limita apenas a obras sobre Direito, mas também inclui volumes sobre botânica, cultura e uma variedade de outros temas”.

O diretor-geral da EMERJ, desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo, reforçou: “Gostaria de expressar minha gratidão ao desembargador Jorge Fernando Loretti. Eu entrei na defensoria em 1994 e o desembargador Jorge Fernando Loretti, já aposentado do tribunal, assume a Secretaria de Justiça e eu sou designado pelo defensor público, na época chamava-se procurador-geral da defensoria pública, a ir trabalhar com o Instituto de Terras, que era vinculado à Secretaria de Justiça. Eu tinha 23 anos, sem experiencia nenhuma, então quase sempre eu ia até a sala do desembargador Jorge Fernando Loretti, que vivia cheia, mas, quando tinha uma brecha, eu entrava lá e a impressão que eu tinha é que eu não estava ouvindo só um professor, mas sim um jurista orador, porque ele ensinava fazendo discurso e eu achava aquilo sensacional, me deixava encantado”.

“Hoje não estamos aqui para falar de morte. Estamos aqui para falar de vida e de futuro. Meu avô dizia que devíamos valorizar o conhecimento, tanto o conhecimento da humanidade quanto o conhecimento que nos move. E hoje, aqui, não poderia haver uma homenagem melhor. Meu avô não deixou muito patrimônio nem bens, ele nos deixou conhecimento. Todos nós, da família, estamos extremamente recompensados por essa homenagem e por esses livros estarem aqui, porque este é, de fato, um lugar de vida. Esses livros promoverão a vida, e meu avô, que me disse também que já foi um homem invisível, afirmou: ‘Isso é duro, meu filho. Quando fui cassado, andava pelas ruas, ninguém me cumprimentava e até trocavam de calçada, eu virei invisível’. Quando eu era criança, achava que isso era um superpoder, mas não, a invisibilidade é dura e sofrida para quem a enfrenta. Mas hoje, Vossas Excelências fazem com que meu avô nunca mais seja invisível e nunca mais seja esquecido, e que o amor dele contido nesses livros possa extravasar e colaborar para a formação de muitas pessoas. Então, em 100 anos, nesta efeméride, eu só posso agradecer falando aqui sobre a renovação da vida, porque esse ambiente, essa exposição e esses livros trazem vida eterna para o meu avô”, disse Ricardo Loretti Henrici, neto do desembargador Jorge Loretti.

Também estiveram presentes na cerimônia: o desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, presidente do TJRJ no biênio 2011-2012; a desembargadora Ana Maria Pereira de Oliveira, membra do Conselho Consultivo da EMERJ e magistrada supervisora de Biblioteca e Cultura, responsável pela gestão da Biblioteca TJERJ/EMERJ Desembargador José Carlos Barbosa Moreira; o vice-presidente do Conselho Consultivo da EMERJ, desembargador Cláudio Luís Braga Dell’Orto, magistrado supervisor de Tecnologia da Informação da EMERJ; o desembargador Gilberto Clóvis Matos; o desembargador Luiz Roldão; o juiz Alberto Republicano de Macedo Junior, juiz auxiliar da presidência do TJRJ; a juíza Rita Vergette, diretora-adjunta da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), representando a presidente da Amaerj juíza Eunice Bitencourt Haddad; Erthal Rocha, primeiro tesoureiro da Academia Fluminense de Letras (AFL); a secretária-geral de Administração do TJRJ Jacqueline Leite Vianna Campos; e a secretária-geral da EMERJ Gabriela da Silva Rafael Carneiro; além de outros familiares do desembargador Jorge Loretti, como sua viúva Clea Tavares Loretti, seus filhos Claudia Loretti Henrici, César Tavares Loretti e Clarice Loretti Victor e seus netos Fernanda Loretti Victor, Isadora Ribeiro Loretti, Pablo Kolbakch Loretti, Ricardo Loretti Henrici e Rachel Victor Mello.

Desembargador Jorge Fernando Loretti

Jorge Fernando Loretti nasceu em 25 de agosto de 1924. Falecido em 13 de maio de 2016, completaria 100 anos em 2024.

Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Niterói em 1947, Jorge Loretti foi integrante do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).

Foi promovido ao cargo de desembargador do TJRJ em 28 de dezembro de 1979, na vaga do quinto constitucional da advocacia, presidindo a 5ª Câmara Cível e o 4º Grupo de Câmaras Cíveis. Como desembargador, atuou por 17 anos.

Assumiu a presidência do Tribunal no biênio 1991-1992, quando implantou, em diversos municípios do estado, os juizados de pequenas causas, transformados posteriormente nos juizados especiais e adjuntos cíveis e criminais. Também foi presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), de 1989 a 1991, e da Amaerj, no biênio 1994-1995.

Antes do ingresso na carreira da magistratura, foi secretário de Interior e Justiça, chefe do Gabinete Civil, secretário-geral da Comissão de Planejamento e presidente do Conselho Estadual de Trânsito no antigo Estado do Rio de Janeiro.

Além disso, foi um nome dedicado ao magistério, sendo professor titular do Departamento de Direito Público da Faculdade de Direito, membro do Conselho Universitário de Ensino e Pesquisa, além de diretor do Centro de Estudos Sociais Aplicados, todos da Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi membro da Academia Fluminense de Letras (AFL) e da Academia Niteroiense de Letras.

 

Fotos: Jenifer Santos

29 de agosto de 2024

Departamento de Comunicação Institucional (DECOM)